*Década de Sessenta Um Milhão de Habitantes *
Ainda na década de 60, a cidade atinge mais de 1 milhão de habitantes. Nessa época, os espaços vazios do município praticamente se esgotaram, e o crescimento populacional passou a se concentrar nos municípios coligados a Belo Horizonte, como Sabará, Contagem, Betim, Ribeirão das Neves e Santa Luzia. Na tentativa de resolver os problemas causados pela crescimento desordenado, foi instituída a Região Metropolitana de Belo Horizonte e foi criado o Plambel, que desencadeou diversas ações visando a conter o caos metropolitano.
Projetada pelo engenheiro Aarão Reis entre 1894 e 1897, Belo Horizonte foi a primeira cidade brasileira moderna planejada. Elementos chaves do seu traçado incluem uma malha perpendicular de ruas, cortadas por avenidas em diagonal, quarteirões de dimensões regulares, visadas privilegiadas, e uma avenida em torno de seu perímetro (Avenida do Contorno). Outro aspecto interessante do projeto original é a abundância de parques e praças, com um grande parque municipal na área central.
Entretanto, Aarão Reis não queria a cidade como um sistema que se expandiria indefinidamente. Entre a paisagem urbana e a natural foi prevista uma zona suburbana de transição, mais solta, que articulava os dois setores através de um bulevar circundante, a avenida do Contorno, bastante flexível e que se integrava perfeitamente na composição essencial. A concepção do plano fundia as tradições urbanísticas americanas e européias do século XIX. O tabuleiro de xadrez da primeira era corrigido por meio das amplas artérias oblíquas, e espaços vazios, uma preocupação constante com as perspectivas monumentais que provinha do Velho Mundo, com marcadas influências de Haussmann. Belo Horizonte surgia como uma tentativa de síntese urbana no final do século XIX. O objetivo de se criar uma das maiores cidades brasileiras do século XX, era atingido. Porém, o plano de Belo Horizonte pertencia a sua época, seu conceito estava embasado em fundamentos do século anterior, encerrava um período, mais do que iniciava outro. Mostrava preocupações com a pesquisa urbanística, arquitetônica e construtiva bastante excepcionais para a sua época. Sem dúvida indicou uma tendência promissora para o urbanismo no Brasil. Quando foi inaugurada em 12 de dezembro de 1897, Belo Horizonte contava com 25.000 habitantes. As novas construções se opunham ao barroco colonial, tentando apagar as lembranças do passado. O Brasil independente buscava seu estilo no ecletismo desse tempo. Os primeiros conjuntos urbanos se definiam. A Praça da Liberdade aparecia como grande paço municipal, com as Secretarias de Estado e o Palácio do Governo. O Parque Municipal, embora com seu traçado inicial modificado, se implantava no local previsto. A Praça da Estação, a Avenida Santos Dumont, a Rua da Bahia e a Avenida Afonso Pena, faziam parte de diversas imagens de época que contavam a trajetória da cidade.
A expansão urbana extrapolou em muito o plano original. Quando foi iniciada sua construção, os idealizadores do projeto previram que a cidade alcançaria a marca de 100 mil habitantes apenas quando completasse 100 anos. Em 1997, ano do centenário, a cidade possuía mais de 2 milhões de pessoas. Essa falta de visão se repetiu em toda a história da cidade que jamais teve um planejamento consistente que previsse os desafios da grande metrópole que se tornaria.
Aos poucos, pequenas fábricas instalaram-se, a energia elétrica ampliou-se, as obras foram retomadas, os transportes melhoraram e começaram a surgir praças e jardins que deram uma nova paisagem. O número de empregos cresceu, chegaram novos habitantes, a vida social e cultural começou a se agitar. A indústria ganhou impulso na década de 20 e inauguraram-se grandes obras, surgiram novos bairros, sem planejamento, e com eles, sérios problemas urbanos.
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